Messala e Geminus

 

 

Identificar posteriormente estruturas lunares, principalmente quando estamos realizando fotografia com grande aumento pode apresentar algumas dificuldades. Isso é especialmente verdade quando o objeto é apenas parcialmente visível no terminator. A resposta para o problema é encontrada considerando dois fatores:
a) Posição.
b) Sua relação com estruturas adjacentes.
O primeiro caso pode ser parcialmente solucionado se fizermos a captura das fotos mantendo a Lua na mesma posição que estamos acostumados a ver nos mapas que usamos para identificar as formações. Isto pode ser feito simplesmente girando a câmera no focalizador até deixarmos a imagem exatamente na mesma posição que se encontra nos mapas.
É conveniente também durante a captura anotar o quadrante aproximado do local em que esta sendo feita a foto.
No segundo caso, qual é a relação do local com outras características conhecidas nas proximidades?
Usar distância, direção, arranjos geométricos por exemplo, ângulos retos, triângulação, etc. projetando suas posições ajudam a situar o objeto, e a confirmação pode ser feita observando características especiais, tais como; grandes crateras, montanhas centrais, danos estruturais por crateras, falhas, diferenças na sombra ou forma e muitos outros detalhes específicos.
As vistas mais dramáticas são sempre ao leste, na área iluminada pelo sol nascente, próximas ao terminador durante os primeiros catorze dias do ciclo lunar, e, ao oeste após a passagem da lua cheia durante os últimos 14 dias. Visualizar ou fotografar com eficiência estruturas nas bordas depende de uma libração favorável em longitude e ou latitude e isso vai ser notado quando for conveniente.
Sei que o texto pode parecer tedioso para os colegas que estão a anos no hobby, mas talvez sirva de diretriz para nossos colegas mais novos que estão iniciando agora.
Adaptação e texto: Avani Soares
http://www.astrobin.com/full/234077/0/